By Maína Lins
Há quem diga que quem tem sorte no jogo não tem sorte no
amor e vice-versa. Bom, eu nunca entendi isso muito bem, pelo menos enquanto o
amor for baseado em jogos.
O amor, que deveria se tratar de uma decisão unilateral no
intuito de fazer o outro feliz porque isso faz quem ama feliz, precisa ser
construído a base de jogos e geralmente alguém sai perdendo, aquele que insiste
em desconhecer as estratégias para “prender” o ser amado.
E em se tratando de um jogo, você nunca pode dar tudo de si
no primeiro momento, até porque não é sabido quanto tempo o jogo vai durar ou
se um dia vai acabar. Às vezes, também, é preciso retroceder como estratégia,
deixar ou outro achar que está ganhando.
Não se pode chegar e ir amando assim do nada. Você faz
parecer que gosta em um momento, no outro você faz parecer que nem tanto. É
preciso ir com doses homeopáticas, controlar emoções, a respiração e não
mostrar tudo si, se não você perde a jogada.
E sabe o que acho disso tudo? Horrível!!!
Sonho com dia em que poderemos gostar do tamanho no
sentimento. Permitir que os sentimentos tomem as proporções que realmente
tiverem, grandes, pequenas ou em crescimento.
Que a vivência do desejo seja tão
intensa quanto a vontade que se tiver. Que seja possível conquistar sem retroceder,
mostrando o que realmente quer ou espera do outro, sem pré julgamentos.
Calma, não me refiro a maluquices, nem a amores insanos.
Apenas penso que ser o que somos e o que sentimos deveria ser o melhor o
caminho, ao invés da intensa agonia de escolher o que não queremos como
estratégia de jogo.
Que um dia o amor possa voltar a ser o amor, a decisão
unilateral de quem resolve amar. Ou que amor seja o fim daqueles que gostam um
pouco agora e mais um pouco amanhã. Ou ainda, que amor seja manifestado livremente entre beijos gulosos e abraços apertados sem fim.
Enquanto isso, a aqueles de coração mole, recomendo que
tentem aprender a regras do jogo, já que não tem para onde correr mesmo. Mas deixa estar, que o que é para ser vigora!
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